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sexta-feira, dezembro 17, 2004

Notas sobre uma sexta-feira

Ontem foi a festa de final de ano do trabalho, foi bastante divertida. Comemos, bebemos, dançamos, trocamos presentes de amigo oculto (não necessariamente nessa ordem....) - enfim, tudo o que se faz nessas festas de final de ano - e foi ótima, todos se divertiram.
Conclusão, cheguei em casa quase à uma da manhã (a festa tinha começado as 7 da noite). Hoje, então, seria um dia cansativo, pois teria que acordar cedo porque tinha que ir ao apartamento antigo porque os pintores iriam lá para arrumar para eu entregar as chaves.
Pois logo pela manhã, eu na rua, comprando uma espátula, recebo uma ligação me avisando que a filha de uma amiga havia morrido. Suicídio. Pais enterrarem filho é contra a ordem natural das coisas. E o suicídio então, é uma coisa inexplicável. Já aconteceu algumas poucas vezes com pessoas do meu círculo de relações - e é uma coisa chocante, é algo que não consigo sequer tentar entender.
Pois então, terminei a tarde no Cemitério São João Batista, um calor infernal, vendo amigos queridos se reencontrando, pessoas que sempre lutaram por um mundo melhor numa situação que foge totalmente a qualquer racionalidade ou explicação lógica. E a capela cheia de jovens, é algo forte demais - pois é nessa idade que somos imortais, e aquele local estava mostrando explicitamente a eles que a coisa não é bem assim.
Dei um longo abraço em minha amiga T. Nessas horas, nem temos o que falar. E falar o quê, prá quê? Chorar, e ser forte porque é um momento de muita fragilidade.
E agora estou em casa. Acho que vou dormir um pouco, prá ver se me animo para mais tarde dar uma saída.

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