QUASE DOIS IRMÃOS
“Temos todos duas vidas. Uma, a que sonhamos. Outra, a que vivemos”.
Com essa desconcertante frase inicial, Lucia Murat constrói em seu filme uma história cruel do Rio de Janeiro, mostrando, sob uma ótica extremamente criativa e original, como chegamos a ter hoje essa cidade partida, segundo a expressão do Zuenir Ventura.
Conjuntamente com Cidade de Deus (e neste Quase Dois Irmãos, Paulo Lins é co-roteirista), traçam uma evolução da sociedade carioca (e porque não dizer, brasileira?) que nos faz ver que chegamos aonde chegamos por opções feitas em momentos históricos determinados.
O filme busca no início dos anos 70, durante a ditadura militar, no presídio da Ilha Grande, a formação do assim chamado “crime organizado”, a partir da prisão conjunta de presos políticos com presos comuns. E mostra as confluências e interligações que existem na sociedade que levaram ao quadro de hoje.
E o que era a rigidez de costumes da esquerda brasileira, a dita “vanguarda”? Estão lá as discussões sobre os "desvios pequenos-burgueses" que tanto ocupava nosso tempo naquela época.
Brilhante a participação de Marieta Severo, no papel de mãe alienada de um preso político, casada com um intelectual que se relaciona com o mundo do samba e avó de uma... bom, deixa para lá, é melhor ver o filme.
E Flavio Bauraqui e Caco Ciocler, no papel dos dois quase irmãos, valem por si só a ida ao cinema.
Um filme fascinante e perturbador. Um dos melhores filmes brasileiros que já assisti. IMPERDÍVEL.
Com essa desconcertante frase inicial, Lucia Murat constrói em seu filme uma história cruel do Rio de Janeiro, mostrando, sob uma ótica extremamente criativa e original, como chegamos a ter hoje essa cidade partida, segundo a expressão do Zuenir Ventura.
Conjuntamente com Cidade de Deus (e neste Quase Dois Irmãos, Paulo Lins é co-roteirista), traçam uma evolução da sociedade carioca (e porque não dizer, brasileira?) que nos faz ver que chegamos aonde chegamos por opções feitas em momentos históricos determinados.
O filme busca no início dos anos 70, durante a ditadura militar, no presídio da Ilha Grande, a formação do assim chamado “crime organizado”, a partir da prisão conjunta de presos políticos com presos comuns. E mostra as confluências e interligações que existem na sociedade que levaram ao quadro de hoje.
E o que era a rigidez de costumes da esquerda brasileira, a dita “vanguarda”? Estão lá as discussões sobre os "desvios pequenos-burgueses" que tanto ocupava nosso tempo naquela época.
Brilhante a participação de Marieta Severo, no papel de mãe alienada de um preso político, casada com um intelectual que se relaciona com o mundo do samba e avó de uma... bom, deixa para lá, é melhor ver o filme.
E Flavio Bauraqui e Caco Ciocler, no papel dos dois quase irmãos, valem por si só a ida ao cinema.
Um filme fascinante e perturbador. Um dos melhores filmes brasileiros que já assisti. IMPERDÍVEL.
1 Comentários:
Tá anotado. Vou ver assim que estrear aqui em Porto Alegre. Infelizmente somos atrasados também em relação ao cinema... por incrível que pareça. Me senti morando na roça agora. Um abraço.E bom final de semana. Se der, pega uma praia e dá um mergulho por mim. S.
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