O Leitor
Fui assistir ao "O Leitor", de Stephen Baldry, por indicações veementes de uma companheira de filmes. Primeira impressão: mais um filme que trata da revisão do papel dos alemães na época de Hitler. Nisso, lembrou-me "Um Homem Bom".
Mas essa primeira impressão não deixou que eu gostasse, e muito, do filme. O filme é mais do que isso. Trata de uma nação que em um momento percebe que deixou 6 milhões de pessoas morrerem sem se oporem - e como lidar com isso? O que fez Hanna assumir o papel que assumiu sem grandes questionamentos? Como pode se omitir tanto?
E omissão é o tema, a meu ver, o grande tema desse filme. As cenas do julgamento de Hanna Schlink - Kate Winsley, que ganhou o Oscar de melhor atriz, merecidamente, por esse papel - são cruéis ao expor a omissão e a necessidade de personificar uma responsável por todos. E ao expor a omissão de Michel Berg - quando jovem, David Kross, brilhante, apaixonante, e quando mais velho, Ralph Fiennes, sobre o qual não preciso falar - que paga por ela com sua incapacidade de se relacionar e se apaixonar por outras pessoas. Afinal, sua omissão - ele poderia depor a favor dela - se equipara à dos alemães que sabiam o que acontecia no regime nazista e nada faziam?
Um filme incômodo. Um bom filme.
Mas essa primeira impressão não deixou que eu gostasse, e muito, do filme. O filme é mais do que isso. Trata de uma nação que em um momento percebe que deixou 6 milhões de pessoas morrerem sem se oporem - e como lidar com isso? O que fez Hanna assumir o papel que assumiu sem grandes questionamentos? Como pode se omitir tanto?
E omissão é o tema, a meu ver, o grande tema desse filme. As cenas do julgamento de Hanna Schlink - Kate Winsley, que ganhou o Oscar de melhor atriz, merecidamente, por esse papel - são cruéis ao expor a omissão e a necessidade de personificar uma responsável por todos. E ao expor a omissão de Michel Berg - quando jovem, David Kross, brilhante, apaixonante, e quando mais velho, Ralph Fiennes, sobre o qual não preciso falar - que paga por ela com sua incapacidade de se relacionar e se apaixonar por outras pessoas. Afinal, sua omissão - ele poderia depor a favor dela - se equipara à dos alemães que sabiam o que acontecia no regime nazista e nada faziam?
Um filme incômodo. Um bom filme.
Marcadores: David Kross, Kate Winsley, O Leitor, Ralph Fiennes
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial