Às vezes a gente é pego no cinema na surpresa, tipo assim, vai ver um filme querendo gostar e quando a gente vê, gostou muito mais do que esperava.
Pois hoje à tarde fui com Alex assistir “O Jardineiro Fiel” – e eu esperava um bom filme – mas vi muito mais do que um bom filme, apenas. Vi uma surpreendente história, uma construção cinematográfica perfeita, do nosso Fernando Meirelles.
Vi a África com suas mulheres vestidas com cores vivas, as roupas coloridas de homens e mulheres tornando paisagens desoladoras algo vivo, algo –porque não?- brilhante.
Pude ver um pouco mais sobre esse continente que parece esquecido pelo mundo – a África, para onde quero ir trabalhar.
Pude ver um pouco mais sobre a miséria humana.
Vi um roteiro absolutamente coerente, atual, diria até pós-moderno, por toda a atualidade que traduz...
Vi também a construção perfeita dos personagens pelo roteirista, pelo diretor e pelo autor da história – pois Rachel Welsz (ela não é a cara da Ana Paula Arósio?) está perfeita como Tessa, e todos os atores do filme constroem personagens humanos, possíveis....
E vi uma história muito atual, muito constrangedora para todos nós ao nos darmos conta dela....
Uma história que se transformou num dos mais brilhantes filmes que assisti nos últimos tempos.
E vi também o patrono desse blog, Ralph Fiennes, brilhante, perfeito aos 42 anos - não hesito em afirmar, o homem mais bonito, mais perfeito, do mundo! Com sua força e sua fragilidade, transforma Justin Quayle em mais um memorável personagem do cinema... enfim, vi um ator cada vez mais fascinante, um homem mais que perfeito...