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quinta-feira, junho 30, 2005

FINAL DE SEMESTRE

O ANO FAKE

E não é que, mal o ano começou, já estamos terminando o primeiro semestre, sua primeira metade? Agora já começam os preparativos para o Natal e para o RÉveillon.

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Apesar de não estar frio, o inverno carioca está seco. Quase não chove. Conclusão, inversão térmica, alergias, rinites, gripes com forte componente alérgico. Não é um clima tão seco quanto o de Brasília, mas está estranho.

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O semestre que termina trouxe muitas surpresas na vida política brasileira. Uma delas, sem dúvida, foi o súbito reaparecimento, num papel totalmente surpreendente, de um personagem que há muito não tinha tanto destaque nas páginas de jornais desse país: o Deputado Roberto Jefferson, que conseguiu sacudir o governo petista de uma forma totalmente inesperada. Verdade ou não o que ele diz, nunca mais o PT será o mesmo.

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Na Folha de São Paulo de hoje, um exemplo de manchete que há algum tempo vem povoando os jornais brasileiros: “Furnas faz caixa para PT, diz Jefferson – Deputado afirma que empresa dividia R$ 3 milhões por mês entre o diretório nacional, o de MG e parlamentares da base aliada.”

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Talvez para contrabalançar a enxurrada de notícias deprimentes sobre o país, saiu ontem no Jornal do Brasil, numa página interna, a seguinte notícia: “Proibidos trajes caipiras – O prefeito de São João da Boa Vista, N.M.N. (PMDB), proibiu o uso de trajes caipiras nas festas juninas de sua cidade .... Segundo o prefeito, o uso de trajes caipiras “expressam preconceito”.....

HAHAHAHAHAHAHA nãoconsigo parar de rir até agora...

Devem ser ecos da cartilha do politicamente correto...

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E estreou “Guerra dos Mundos”, do Spielberg, com o Tom Cruise. Quero ver se assisto neste final de semana.

terça-feira, junho 28, 2005

Ecos da Parada

Antes que passe muito tempo, vamos a alguns comentários sobre a Parada de domingo....

A Parada do Rio, domingo, foi realizada na Praia de Copacabana, um cenário por si só deslumbrante. A deste ano, a meu ver, foi mais desorganizada do que a do ano passado. Não que isso seja um problema em si, afinal talvez esse seja um diferencial em se tratando de uma Parada no Rio. Mas foi estranho ver os enormes buracos entre os grupos de carro, inclusive a ponto de muitas pessoas acharem que já tinha terminado quando longe ainda tinham carros vindo.

Faltaram carros das mais badaladas boites do circuito gay do Rio de Janeiro. Estava lá a do Buraco da Lacraia, um carro discreto e simpático, mas das outras nem sinal. Isso talvez explique a seleção musical da Parada, que a meu ver não estava tão boa quanto a do ano passado.

Também a Parada demorou a sair – com concentração à 1 da tarde, ela só começou a andar por volta das quatro e meia. Talvez a concentração pudesse ter sido marcada para mais tarde.

E afora as demonstrações afetivas explícitas, o que vimos foi uma reação mais natural aos diversos casais gays que desfilavam na Praia. Sinal de maior aceitação? Sei não. Isso no Rio de Janeiro é sempre difícil de afirmarmos. Mas pelo menos ali estava tranqüilo.

Não vieram meus amigos de Belo Horizonte, São Paulo ou Brasília. O que foi uma pena, pois estou com saudades. Apenas um amigo do interior do Espírito Santo, que não tinha ido à de São Paulo, veio. Foi bom revê-lo.

Enfim, passada a Parada, a vida continua.

terça-feira, junho 21, 2005

Inverno

Enfim, o inverno chegou. Hoje o Rio amanheceu chuvoso, cinza, e com a temperatura mais baixa. Não como em São Paulo, tão bem descrito por meu amigo Truman em seu post de hoje. no http://trumanshowbr.blogspot.com/, mas enfim, é o inverno carioca.

domingo, junho 19, 2005

BATMAN BEGINS

Tenho uma grande amiga, alguns anos mais velha do que eu, M., com quem costumo ir ao cinema. Claro, sempre temos alguma discordância quanto ao filme que vamos ver – ela sempre diz que gosto de ver “O Exterminador do Futuro” – que por sinal, fomos ver juntos, por minha sugestão.... hehehe. Enquanto ela já não me chama mais para ir ver filmes como “Um Filme Falado”, ou alguns iranianos, pois diz que “eu não vou gostar”...

Pois combinamos de ir ao cinema hoje, e eu tinha pensado em algum dos filmes que estrearam por aqui – fosse o francês “Irmãos”, fosse o mexicano “Nicotina” – achei que seriam bons filmes para assistirmos e depois conversarmos... pois nossas sessões de cinema se esticam depois em simpósios sobre os filmes, os personagens, etc e tal.

Pois ela sugeriu que fossemos ver “Batman Begins” – ela diz que adora, principalmente o Coringa. Eu confesso que relutei, pois achei que seria uma dessas aventuras do Batman, apenas uma bobagem.

Pois eu me surpreendi. Pois eu ia perder um grande filme. M. também se surpreendeu, esperava algo mais leve. Eu gosto de histórias em quadrinho, não é segredo para ninguém. Pois esse filme é absolutamente fiel ao clima dark das histórias em quadrinho. Um Batman humano, com medos e dúvidas, em que o personagem é mais bem desenvolvido do que suas aventuras.

O diretor, Christopher Nolan, de "Amnésia" e "Insônia", faz um trabalho primoroso. A construção de Gothan City é qualquer coisa de tirar o fôlego. Christian Bale, depois de “O Psicopata Americano” e “O Operário”, mostra mais uma vez que é um ator brilhante, dando a Bruce Wayne/Batman todas as nuances de um personagem atormentado.

Enfim, quase que por acaso, fui assistir a essa, digamos assim, obra-prima do cinema americano. Por mais contraditório que essa expressão possa parecer....

sexta-feira, junho 17, 2005

Melinda & Melinda

Assistir a um filme de Woody Allen é sempre uma surpresa, uma boa surpresa. Nunca o achei um gênio cujo filme da hora devesse ser sempre melhor do que o anterior. Acho apenas que ele sempre conta uma história de uma forma peculiar, e com essa forma toca a história de cada um de nós.

Pois assim é Melinda & Melinda. Um filme que a partir de uma conversa banal num bar, sobre ser a vida uma tragédia ou uma comédia, traça um painel sobre as relações humanas que é absolutamente impactante, que traduz personagens com os quais nos identificamos, com os quais identificamos pessoas que conhecemos, e situações já por nós vivenciadas. Tudo depende de uma opção simples que devemos fazer na vida, se vamos vivê-la como um grande drama, uma tragédia, ou se ao contrário, vamos rir de tudo o que nos acontece e viver de forma mais leve.

E na conversa final, a constatação, nem tão original, mas sempre perfeita de ser lembrada, de que o que vale é viver a vida no momento, aproveitar os bons momentos que a vida nos proporciona – pois são esses momentos que formam nossa vida e que, por que não, serão sempre lembrados.

Do elenco, eu, pessoalmente não conhecia nenhum dos atores. Mas Woody Allen fez uma escolha primorosa, em que os atores estão absolutamente à vontade na construção dos personagens.

Enfim, gostei muito do filme.

quinta-feira, junho 09, 2005

HISTÓRIA DA NOITE (Colm Tóibin)

Buenos Aires é uma cidade fascinante, que lembra as capitais européias, e tem a vantagem de ficar bem mais perto do Brasil do que as cidades européias. Mesmo já tendo mudado em vários aspectos, tanto o país como a capital ainda continuam a ser mais conservadores do que o Brasil, no que diz respeito a questões comportamentais.

Pois é nessa Argentina, nessa Buenos Aires, que acompanhamos a história de Richard Garay, homossexual de ascendência inglesa, desde a Guerra das Malvinas, que marcou o fim da última ditadura no país, até os primeiros anos do período Menem.

É um livro fascinante, envolvente, que por um lado revela os bastidores dos processos de "liberalização" da econcomia vividos nos países da América Latina, e por outro mostra a história de Richard, desde sua busca por sexo escondido e casual, até a descoberta do amor num personagem inesperado.

E traça também um quadro da AIDS no período anterior ao surgimento do coquetel de medicamentos - um quadro, para quem não viveu a época, difícil de acreditar tenha existido num passado bem recente.

Terminei de ler esse livro na noite passada. Comprei-o na FNAC/SP quando estive lá para a Parada. Para quem gosta de ler, um grande livro.

domingo, junho 05, 2005

Recordar é viver (e outras variações sobre o mesmo tema)

Como já citei no meu fotolog, resolvi pegar todas as minhas fotos antigas e digitalizá-las, para tê-las gravadas no computador.
É uma viagem muito doida essa, pois vendo fotos vejo eu em tempos passados, com sonhos que sei lá o que aconteceram ...
E claro, revejo situações que vivi, pessoas com quem convivi, pessoas que perdi - que perdi no cotidiano da vida, outras com quem convivi e que já fizeram a passagem, e com quem aprendi muito.
Não dá para dizer que passo por isso de forma tranquila.
Mas é a minha vida, e não dá para eu fugir dela...