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domingo, julho 31, 2005

O DIABO A QUATRO

COPACABANA ...

Alice Andrade, a filha de Joaquim Pedro de Andrade, que nos deu, entre outros filmes, Macunaíma, nos mostra O Diabo a Quatro. Um filme que nos mostra de forma cruel e sem rodeios, Copacabana, e porque não dizer, o Brasil?

De uma crueldade sem par, e de uma forma mais sutil e eficaz do que se pode esperar, Alice destrói em seu filme toda e qualquer ilusão que possamos ter sobre a "normalidade" no mundo moderno, ao mostrar que a dita "anormalidade" é muito mais frequente e presente do que poderiamos querer.

O que dizer da familia do candidato a senador? E da mãe do bebê que quase morre de insolação na praia? Exemplos edificantes de amor familiar? Hahahahahaha
Pois Alice consegue mostrar relações mais honestas entre o casal de meninos de rua.....

Um filme que incomoda, um filme que chega a divertir em alguns momentos. O travesti caindo no secador de roupa é hilariante.... é Copacabana, também.

Não é um filme de grande apelo popular. Mas é um filme que mostra uma cineasta com sensibilidade e crítica para fazer um grande filme. E para mostrar o lado sempre presente de Copacabana, Rio de Janeiro. E porque não dizer, Brasil?

Prá quem gosta de cinema, mais uma vez, um filme imperdível

sábado, julho 30, 2005

Horóscopo

Do horóscopo do meu signo, hoje, na Folha de São Paulo:

"A área para você se expressar melhor é a da arte e a da espiritualidade. Procure soltar seu lado criativo sem medo de ser ridículo, porque este é um dos efeitos paralisantes do lado escuro de seu signo. Aproveite o embalo da Lua em Gêmeos para arejar a cabeça, exercitando a flexibilidade."

Enfim, estou no meu inferno astral.

domingo, julho 24, 2005

TEOREMA

Assistir a um filme de Pier Paolo Pasolini, 30 anos depois da morte do diretor, e 37 anos depois da realização do filme é sempre uma experiência emocionante e estranha.
Fui assistir Teorema hoje, pois na época de sua exibição eu tinha apenas 12 anos, e o filme era proibido até 18 anos - e eram outros tempos, outra repressão.... O filme foi um escândalo na época, e hoje, após tê-lo visto, posso entender o porquê.
O diretor lida com a destruição de uma família burguesa, expondo todas as convenções sociais que existiam numa família burguesa na época. E através da sexualidade, o que era um tema tabu na época.
O diretor mostra ainda a solidão das pessoas, a loucura que se esconde atrás da dita "normalidade" com que as pessoas mostram a cara na sociedade.
E ver Silvana Mangano é inesquecível. Que mulher! E Terence Stamp, que alguns anos atrás apareceu em Priscila, a Rainha do Deserto, jovem, com menos de 30 anos, é qualquer coisa.
Um filme que não deixa de ser datado, e que portanto não sei se vai agradar às novas gerações. Mas um filme de arte, um filme de um grande diretor. Prá quem gosta de cinema, imperdível.

terça-feira, julho 19, 2005

O ANIVERSÁRIO DA JAPA

E sábado foi o dia do grande evento em Belo Horizonte. O aniversário de Japa. Numa simpática casa no Savassi, ela reuniu amigos de Minas, Rio, São Paulo e Brasília para comemorar seus 30 anos.
Muita animação, músicas que lembravam cada um dos anos de sua vida - e as fotos dos diversos fotologs demonstram a animação e o carinho dos amigos da anfitriã.
Reencontrei amigos, conheci outros que ainda não conhecia - enfim, uma festança, o grande evento das Minas Gerais neste final de semana.

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Domingo, quando conseguimos acordar, fomos à Pampulha, que eu ainda não conseguia. Vimos a igreja projetada por Oscar Niemeyer, a casa de bailes e o museu de arte, e demos uma volta em um trecho da lagoa. Depois fomos almoçar no shopping Del Rey, e de lá fomos direto para a Rodoviária, de onde eu e o João voltamos para o Rio.

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Agradecimentos especiais aos amigos que proporcionaram esse ótimo final de semana, em particular ao Guess, pela hospedagem, e à Japa, pela festa. Mais uma vez, PARABÉNS, JAPA!

sábado, julho 16, 2005

Sobre a Sibutramina e Belo Horizonte

Então, estou em Belo Horizonte. Voltei mais rápido do que imaginava, e o frio deu uma trégua em sua intensidade.
Claro, a viagem de onibus foi como todas - enjôos, porque a estrada tem várias curvas, e está com o asfalto ruim. E eu, ainda tomando sibutramina, na subida, enjoava e suava. No onibus com ar condicionado. E fora, frio. Imaginem a cena.

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Estou hospedado na casa de meu amigo Guess, que abriu as portas de sua mansão na colina com uma vista deslumbrante da cidade. É um pouco mais frio do que lá embaixo, mas o calor humano dos anfitriões compensa...

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E fui a uma festa com amigos aqui em BH. Rever amigos, conhecer outros. Bjorn, Nina, Irvine, Alex, até mesmo meu querido João, que apesar de morar no Rio, eu encontro mais facilmente em Belo Horizonte. E enfim conheci Theo V, grande figura das alterosas. E no meio da noite chegou a lenda Didi, diretamente de Sampa.
E na festa, Marcyke, Gota de Sangue e Your Crowbar de djs. Ótima a festa.

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E felizmente, o frio não está tão intenso. Agora quando chegamos em casa, os termometros marcavam 18º. Absolutamente tolerável.

terça-feira, julho 12, 2005

Ainda frio

O frio começa a melhorar, pelo menos parou de chover, durante o dia o sol aparece e esquenta um pouco... Mas as noites são frias, e BH parece que vai estar bastante frio. Mas são os ossos do ofício. O que a gente não faz para rever os amigos? Até sentir frio...

sábado, julho 09, 2005

Drops II

Do blog do Ricardo Noblat, http://www.noblat.com.br, de hoje, agora há pouco:

"09/07/2005 ¦ 17:07
No horizonte, a antecipação de eleições gerais
Desde a quarta-feira da semana passada que o Ministério Público em Brasília começou a tomar o depoimento de Maurício Marinho, ex-chefe de departamento da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo filmado embolsando R$ 3 mil.

Para não cansá-lo, e não cansar os que o escutam, o depoimento é interrompido no fim de cada dia e retomado no dia seguinte.

Procuradores informam que Marinho decidiu abrir o bico. E que o que está contando incrimina políticos de vários partidos - e os própios partidos. Em troca, Marinho espera desfrutar dos benefícios concedidos pela Justiça a criminosos que colaboram.

Se o que ele diz restar provado, muitas cabeças deverão rolar no Congresso. E poucos partidos poderão apontar o dedo e acusar os outros.

Daí decorrerá um problema, um sério problema: muitas cabeças e muitos partidos incriminados significam que o Congresso terá dificuldade de cortar na própria carne.

Como a essa altura os políticos cometeriam suicídio coletivo se firmassem um acordão para que tudo desse em nada ou no máximo em uma dezena de cassações, os mais sensatos começam a examinar uma saída honrosa e extraordinária: a antecipação das eleições marcadas para outubro do próximo ano.
Enviada por: Ricardo Noblat"


"09/07/2005 ¦ 17:59
Agosto chegou mais cedo (2)
O fim de semana está sendo amargo para o presidente da República e extremamente angustiante para que os cercam. Ele diz que não suporta mais e fala em renúncia.
Enviada por: Ricardo Noblat"


É mais do que uma surpresa por dia. Esse país vai longe.

Drops

Mesmo sabendo que o meu caro Tommie (http://www.tommie.blogger.com.br/) não concorda comigo, devo dizer que o frio continua nessa cidade, o que não é do meu agrado. E ao que parece, só vai melhorar, progressivamente, a partir de terça feira.

*****

Pelas manchetes dos jornais de hoje, percebe-se que os atentados terroristas em Londres já perderam a posição de destaque para a crise que se abate sobre o PT. Agora, o que fazia um dirigente petista com R$ 437 mil na mala e na cueca, tentando embarcar no aeroporto em São Paulo? Ele não sabia que seria descoberto ao passar nas máquinas de raio-x existentes no aeroporto? Muito primário esse erro.

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Da coluna Nhenenhém, de Jorge Bastos Moreno, no jornal O Globo de hoje:
"Sem chão - O imponderável toma conta da política. O país está com síndrome do pânico."

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E no final de semana que vem vou para Belo Horizonte.

quinta-feira, julho 07, 2005

Frio

Acabei de chegar da casa de meus pais, onde teve jantar pelos 51 anos de casados dos dois. Na rua, os termômetros marcavam, alguns, 15º, outros 13º. Frio prá caralho. Além disso, chove. Ou seja, um tempo detestável.

domingo, julho 03, 2005

O que é isso, companheiro?

"Quando um deputado que de maneira alguma pode ser considerado um campeão da moral e dos bons costumes políticos diz para os seus pares no Congresso Nacional que "todos são iguais" e ninguém se mostra capaz de contrastar o argumento, tem-se a real dimensão da crise política brasileira."

(Do editorial do jornal Folha de São Paulo de hoje)

Novos Rumos

Essa história de rever fotos antigas não tinha como dar em coisa diferente. Claro, revejo pessoas e situações que abandonei, que perdi, que deixei de lado.
Mas também não é para me desesperar. Afinal, tudo isso é minha vida, o que fiz e vivi e construí ao longo de minha vida. É isso o que me torna o que sou hoje, gostem ou não gostem aqueles que me vêem hoje.
Mas também me oferece a possibilidade de resgatar pessoas e situações que foram sendo deixadas. E o que me abre também novas possibilidades, afinal as pessoas continuam a viver. E laços afetivos persistem. Resta-me descobrir quais os que persistem.
Pois assim tenho a possibilidade de voltar a viver como gosto. De poder arriscar.
Tudo é novo, ou melhor, tudo é rever o que vivi. E o que ainda posso viver.
De peito aberto.
E seja o que Deus quiser!