CRIME DELICADO
Arnaldo Bloch, em sua coluna de ontem, no jornal O Globo, disse que é o melhor filme nacional dos últimos 30 anos. Como é um filme do Beto Brant (Os Matadores, Ação entre Amigos, O Invasor), e recomendado pelo comentarista, fui assistir ontem mesmo.
Dos filmes do diretor, não assisti O Invasor. Os Matadores está entre os filmes que mais gostei - e ler depois o conto do Marçal Aquino em que se baseou o filme só me fez gostar mais. Com uma boa história e uma boa direção não tinha como dar errrado. Um filmaço.
Esse Crime Delicado também é baseado numa história, de Sérgio Sant´anna - um escritor difícil - e é uma história intimista, e a construção cinematográfica consegue traduzir esse clima num filme sensível e belíssimo.
O crime delicado, o estupro, é narrado sob a ótica de suas consequências - distintas para cada um dos personagens. Os personagens são fascinantes - um crítico, totalmente deslocado no mundo atual, a musa inspiradora do pintor mexicano, surpreendente, a mulher sem uma perna, e o pintor e a relação que estabelecia com a musa. O furacão que a musa provoca na vida do crítico. E as histórias paralelas que compõem um panorama de uma sociedade de outsiders.
Não sei se é o melhor filme brasileiro das últimas três décadas. Não tenho o conhecimento necessário para dizer isso. Mas é um filmaço. Prá quem gosta de cinema, imperdível.
Dos filmes do diretor, não assisti O Invasor. Os Matadores está entre os filmes que mais gostei - e ler depois o conto do Marçal Aquino em que se baseou o filme só me fez gostar mais. Com uma boa história e uma boa direção não tinha como dar errrado. Um filmaço.
Esse Crime Delicado também é baseado numa história, de Sérgio Sant´anna - um escritor difícil - e é uma história intimista, e a construção cinematográfica consegue traduzir esse clima num filme sensível e belíssimo.
O crime delicado, o estupro, é narrado sob a ótica de suas consequências - distintas para cada um dos personagens. Os personagens são fascinantes - um crítico, totalmente deslocado no mundo atual, a musa inspiradora do pintor mexicano, surpreendente, a mulher sem uma perna, e o pintor e a relação que estabelecia com a musa. O furacão que a musa provoca na vida do crítico. E as histórias paralelas que compõem um panorama de uma sociedade de outsiders.
Não sei se é o melhor filme brasileiro das últimas três décadas. Não tenho o conhecimento necessário para dizer isso. Mas é um filmaço. Prá quem gosta de cinema, imperdível.