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domingo, março 22, 2009

Radiohead & Kraftwerk


Como disse meu amigo Hélio, "Toda e qualquer tentativa de descrever o show da turnê In Rainbows em palavras acaba no mesmo resultado de todo e qualquer vídeo da turnê nos youtubes da vida: fracasso!"
Fui à Praça da Apoteose anteontem assistir ao show dos caras. Surpreendente, fantástico, imperdível, todo e qualquer adjetivo se torna insuficiente prá descrever ao que assisti. Uma iluminação e um cenário de tirar o fôlego, parecendo coisa de cinema, um som estonteante...
Thom Yorke é uma figuraça! Ele dança, pula, saracoteia, mexe os braços, a cabeça, as pernas, desengonçadamente, harmonicamente desengonçado - e canta, e como canta!
Ao longo do show o Radiohead tocou músicas de toda sua carreira, desde Pablo Honey até o último, In Rainbows. Estavam lá desde Paranoid Android, There there!, Karma Police, até músicas mais pops de seu último trabalho - uma verdadeiro caleidoscópio musical que surpreende sempre, tornando-a uma das melhores - tem gente que afirma que é a melhor - banda de todos os tempos.
E o show que já estava ótimo, ficou perfeito ao ser encerrado por Creep, o primeiro grande sucesso do grupo, acompanhado pela platéia que foi ao delírio - e que me emocionou muito, não posso negar.

Não assisti ao show do Los Hermanos. Cheguei quando o Kraftwerk estava iniciando sua apresentação. Fiquei absolutamente emocionado no show deles. Não fui aos dois shows que eles fizeram no Rio anteriormente, e esse compensou meu atraso. Escutar Autoban, Tour de France, Trans-Europe Express e Radioactivity ao vivo foi uma viagem aos anos 70/80 .... um prenúncio ao que viria depois, a emoção de assistir ao show do Radiohead que, se era um "evento imperdível" antes, tornou-se agora um "evento insuperável, inesquecível"

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sexta-feira, março 20, 2009

ÔÔÔÔÔPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!


Sim eu fui a Belo Horizonte no final de semana passado para a despedida de meu querido amigo BU que foi estudar no exterior por um ano e teve festa nesse simpático e agradável local do qual já recebia emails da programação e nem sabia onde era nem que eu ia gostar tanto
mas enfim Bu viajou e eu por motivos alheios à minha vontade nem tive tempo de escrever aqui mas o tempo não foi suficiente prá esquecer o sonoro ÔÔÔPAAAAAAAAAAAAAA! repetido à exaustão na madrugada no bar pelo simpático HT embriagado sentado em outra mesa nem da surpresa do amigo que após um light mcflurry resolveu comprar uma calça no shopping e ao pedir uma de número 38 teve a desagradável surpresa de não caber na 46 o que o fez desistir e indignado culpar a vendedora que afinal não sabia como acertar o número dele pronto falei
e também de dizer que foi ótimo como sempre reencontrar amigos quase todos aliás conversar tomar umas cervejas ir no mercado comprar umas cachaças
enfim de rever Belo Horizonte
e hoje tem o Radiohead e o Kraftwerk juntos com o Los Hermanos aqui no Rio e eu vou
ÔÔÔÔÔPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

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quinta-feira, março 12, 2009

Watchmen, o filme - e outras noticias

Prá quem é fã de histórias em quadrinho, especialmente desta, é um filmaço. Imagens fantásticas, uma ótima trilha sonora, e atores muito interessantes.
É a desconstrução dos superheróis levada ao extremo. São 3 horas de filme, que passam rápido - e a gente quer mais quando termina.
E o Dr. Manhattan (abaixo), é ótimo, o melhor personagem.


*****
O calor continua, e as águas de março não chegam.
Amanhã estou indo para Belo Horizonte, onde, segundo informações, o calor também tá forte.
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E hoje estive com meu querido amigo Hélio, que está no Rio essa semana. Foi um encontro rápido, mas que, as always, foi muito bom.

terça-feira, março 10, 2009

O Leitor

Fui assistir ao "O Leitor", de Stephen Baldry, por indicações veementes de uma companheira de filmes. Primeira impressão: mais um filme que trata da revisão do papel dos alemães na época de Hitler. Nisso, lembrou-me "Um Homem Bom".
Mas essa primeira impressão não deixou que eu gostasse, e muito, do filme. O filme é mais do que isso. Trata de uma nação que em um momento percebe que deixou 6 milhões de pessoas morrerem sem se oporem - e como lidar com isso? O que fez Hanna assumir o papel que assumiu sem grandes questionamentos? Como pode se omitir tanto?
E omissão é o tema, a meu ver, o grande tema desse filme. As cenas do julgamento de Hanna Schlink - Kate Winsley, que ganhou o Oscar de melhor atriz, merecidamente, por esse papel - são cruéis ao expor a omissão e a necessidade de personificar uma responsável por todos. E ao expor a omissão de Michel Berg - quando jovem, David Kross, brilhante, apaixonante, e quando mais velho, Ralph Fiennes, sobre o qual não preciso falar - que paga por ela com sua incapacidade de se relacionar e se apaixonar por outras pessoas. Afinal, sua omissão - ele poderia depor a favor dela - se equipara à dos alemães que sabiam o que acontecia no regime nazista e nada faziam?
Um filme incômodo. Um bom filme.

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domingo, março 08, 2009

MILK

Podemos gostar de filmes diferente pelos mais variados motivos. Motivos de cada um, o que faz com que amigos não gostem do mesmo filme, motivos que nos fazem não gostar de filmes que nossa cara metade adorou. E assim por diante.
Pois Milk me fascinou por falar de minha vida, de coisas que vivenciei ao longo da vida, de amigos e conhecidos com quem cruzei ao longo de anos. Desde a primeira cena, no metrô de Nova Iorque, o personagem enrustido que se esconde nas sombras me faz lembrar de várias histórias. Vale lembrar que a cena se passa em Nova Iorque em 1970. No Brasil, muito tempo depois, isso ainda ocorre....
O filme toca em questões chaves - a garantia dos direitos das minorias, sendo contra não só a homofobia com de todas as formas de preconceito contra aquilo que é diferente, fora dos padrões "normais"; a manutenção da esperança de cada um, entre outras. Enfim, não deixa de ser bom ver, enfim, nas telas do cinema, sendo visto por milhões de pessoas em todo o mundo, situações e angustias que supunhamos serem só nossas, sendo tratadas de forma respeitosa e simpática.
Sean Penn está fascinante e surpreendente no papel título. Oscar mais que merecido. James Franco e Emile Hirsch também.
Milk não é apenas uma história de amor. É uma história de elogio à vida, ao prazer e à alegria de existir e aproveitar a vida. A vida é efêmera, diz o filme, e é vivendo-a intensamente que damos sentido a ela.

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